Caminheiro, que passas pela estrada, Seguindo pelo rumo do sertão, Quando vires a cruz abandonada,…
Castro Alves
Castro Alves (1847-1871) Antônio Frederico de Castro Alves nasceu na Fazenda Cabaceiras, de seu pai médico, em Curralinho (hoje Castro Alves), Bahia. Sua família mudou para Salvador, onde ele declamou seus primeiros versos no Ginásio Baiano. No Recife, em 1867 começou a cursar Direito, tendo publicado versos na imprensa local. Alistou-se, sem ser convocado, para a Guerra do Paraguai. Fundou uma sociedade abolicionista, ao lado de Rui Barbosa; passou a morar com a atriz Eugênia Câmara. Com ela foi para Salvador, onde estreou com grande êxito sua peça "Gonzaga". Em 1869, no Rio, conheceu José de Alencar e Machado de Assis. E se transferiu para a Faculdade de Direito de São Paulo, onde se consagrou declamando "Navio Negreiro", além de outros poemas, em teatros. Um dos poetas de maior popularidade do Brasil. Pertencente à terceira geração de românticos, foi o mais genuine representante brasileiro do condoreirismo. Artesão do verso e poeta de tribuna, mais de sonoridade e efeitos declamatórios, sua inspiração e compulsão para a poesia eram de total genialidade. Nas férias de fim de ano, numa caçada, um tiro acidental atingiu seu pé esquerdo. No começo de 1870, com doença pulmonar, buscou clima mais quente no Rio, onde teve de amputar o pé gangrenado. Na Bahia, lançou "Espumas Flutuantes". Morreu em Salvador. -- por Renato Pompeu
Caminheiro, que passas pela estrada, Seguindo pelo rumo do sertão, Quando vires a cruz abandonada,…