Roger J. Woolger
Nascido na Inglaterra completou sua graduação na Universidade de Oxford em meados dos anos 60 saindo com um diploma em psicologia behaviorista e outro em psicologia analítica. Após alguns anos voltou a estudar religiões comparadas na Universidade de Londres mergulhando no estudo académico do hinduísmo e do misticismo cristão. Desde a adolescência praticava meditação o que considerava uma higiene mental tão óbvia como escovar os dentes. Nunca teve um guru e guiava sua prática pelas palavras do Buda: ?Seja uma luz para ti mesmo.? Procurou na escola de psicologia profunda fundada por Carl Gustav Jung, em Zurique, na Suiça, um tipo de psicologia mais adequado ao seu temperamento. Encontrou em Jung uma psicologia que respeitava e alimentava tanto o seu intelecto quanto seu ser criativo e intuitivo ? essas duas partes foram depois identificadas como funções do lado esquerdo e direito do cérebro, sem as quais as pessoas não podem ser inteiras ou completas. Jung oferecia uma ponte ? e bem larga ? que permitia a passagem das diferentes abordagens da psicologia, da religião, da literatura e da ciência, havendo também a possibilidade de trocas produtivas entre elas. Nas suas palavras Jung é um dos sintetizadores e visionários deste século. Ao sair de sua formação como analista junguiano adoptou a respeitável posição de Jung de que a reencarnação era em principio improvável, mas, mesmo assim, uma das crenças mais difundidas em todas as religiões e à qual se deve atribuir o status de arquétipo, uma estrutura psíquica universal. Em 1976 foi morar nos Estados Unidos, atraído por um cargo de professor temporário na Universidade de Vermont e resolveu trabalhar como psicoterapeuta. Nesta época um colega sugeriu a ele experimentar uma técnica de regressão a uma vida passada e, neste experimento, para sua surpresa imagens começaram a se formar de uma camponês extremamente rude que havia se transformado em mercenário, no sul da França, e toda uma história se desenrolou e que precisou de três regressões de duas horas para completar-se. As informações assim obtidas fizeram muito sentido e peças de sua história pessoal foram se encaixando à medida que integrava e reflectia sobre essa experiência. Assim começava sua jornada de estudo e pesquisa no campo da terapia regressiva de forma séria e consistente.