O papel da mulher na sociedade ocidental começou a mudar em definitivo a partir do século XIX, época em que dois modelos se defrontavam: o papel tradicional e submisso da mulher da sociedade patriarcal e um novo perfil progressista, da mulher em busca de sua autonomia e igualdade. É desse gigantesco embate que Rochester tece a temática desta obra instigante.
O "Paraíso sem Adão" é uma pequena comunidade, próxima de Boston, onde são acolhidas, com suas filhas, mulheres vitimadas pela violência e pelo abandono, que tentam refazer a vida com estudo e trabalho, seguindo uma peculiar filosofia feminista. Ellen é o protótipo dessa nova geração, que luta pela libertação da mulher do papel de mártir doméstica. Abandonada pelo pai, e participando do drama da mãe, ela abomina o machismo da sociedade autoritária da época, mas é surpreendida por uma perigosa armadilha que se oculta no sorriso de um jovem e atraente barão.
Será a original proposta do "Paraíso sem Adão" a resposta que atende aos anseios dessa nova geração de mulheres e que dará início à construção de uma nova sociedade, igualitária? Da América, símbolo dos novos tempos, à brilhante e dissoluta sociedade russa, que Rochester desenha com maestria, o leitor encontrará uma fascinante pintura dessa época de transição, que lançou os alicerces da sociedade contemporânea.
Paraíso Sem Adão - J. W Rochester
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J. W Rochester
John Wilmot Rochester nasceu em abril de 1647 na Inglaterra, filho de Henry Wilmot e Anne. Rochester tinha 11 anos quando herdou o título de Conde após a morte de seu pai. Sua cultura para a época foi ampla: dominava o latim e o grego, conhecia os clássicos, o francês e o italiano. Com 14 anos, saiu de Oxford com o título de Master of Arts. Partiu, então, para o continente (França e Itália) e tornou-se figura interessante, com características ideais para conquistar a sociedade de seu tempo. Vivendo diferentes experiências, Rochester casou duas vezes, teve cinco filhos. continuar lendo