No começo do século XX, saíram contrabandeados da penitenciária de San Quentin, nos Estados Unidos, manuscritos de um ex-detento que permaneceu na solitária por oito anos até ser enforcado. Este seria um fato comum, não fosse o incrível conteúdo dos relatos, que foram produzidos de maneira inusitada - após o prisioneiro submeter-se à auto-hipnose e entrar em estado alterado de consciência, por meio do qual era capaz de vivenciar experiências de vidas passadas. Danell Standing, um professor de Agronomia que matou um colega de faculdade, aprendeu essa técnica dentro da prisão, em princípio para escapar das terríveis dores que lhe causavam a tortura da camisa-de-força, onde ele era obrigado a ficar até cem horas ininterruptas. Depois, para recuperar mais detalhes das longínquas existências que lhe eram proporcionadas a cada novo "desdobramento astral". Em suas memórias, ele deixou registrado um relato que nos chama atenção porque as provas dessa sua existência encontram-se expostas hoje no Museu da Filadélfia. Embora fosse um cético, Jack London, mestre norte-americano da ficção, absorveu a rica experiência de Danell Standing e se propôs a narrar um dos mais instigantes e envolventes romances de todos os tempos, O Andarilho das Estrelas, que retoma a visão de mundo de grandes sábios e filósofos que a humanidade produziu.
Andarilho das Estrelas, O - Jack London
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Jack London
John Griffith London nasceu em São Francisco, Califórnia, a 12 de janeiro de 1876. Aos 14 anos abandonou os estudos para fugir da pobreza e viver aventuras (como diz em um romance autobiográfico); trabalhou em vários empregos irregulares, e, quando não conseguia qualquer emprego, roubava ostras. Conseguiu emprego num navio e chegou até o Japão. De volta, viajou por todos os Estados Unidos como membro do ´Exército Industrial´, um grupo de protesto liderado por certo Kelly, que reuniu correligionários para a marcha da Califórnia a Washington. Debandado o grupo, London continuou suas andanças pelo país. Por volta dos vinte anos… continuar lendo