Essa história vai fazer você parar de querer culpar os outros pelos seus problemas
Havia um jovem de 22 anos que tinha diversos problemas. Ele era tímido, tinha dificuldade de relacionamentos e vivia com medo de tudo. Era filho de pais separados, que decidiram se divorciar quando o jovem tinha 4 anos de idade.
Mas havia um problema… Toda vez que a mãe lembrava o filho da importância dele tomar uma atitude e se libertar desses infortúnios, o jovem sempre colocava a culpa em seu pai. Ele dizia que, em sua infância, seu pai o havia traumatizado, pois sempre repetia que ele não prestava; que ele era incapaz, que os outros garotos eram melhores que ele, dentre outros absurdos.
A mãe concordava com o rapaz que seu pai era uma pessoa difícil, mas enfatizava sempre a necessidade do filho se libertar destes traumas e seguir em frente com sua vida. Mas o filho se recusava alegando que os traumas estavam muito arraigados dentro dele, e que a culpa era toda de seu pai. Esse discurso do jovem já se perpetuara por anos e anos, sempre colocando a responsabilidade de seus bloqueios em seu pai.
Certo dia, o filho estava dirigindo o carro e a mãe estava no banco ao lado. O jovem estava mais uma vez insistindo na ideia de que o seu pai era o culpado por todas as travas de relacionamento e medos que ele carregava na vida. De repente, alguém jogou uma pedra que caiu dentro do carro, pois o vidro do veículo estava aberto, e quase acertou sua mãe. Ambos tomaram um susto, mas nenhum prejuízo sofreram. A pedra ficou no chão próximo dos pés da mãe.
O filho, dirigindo, pediu que a mãe jogasse a pedra para fora do carro. A mãe disse que não conseguia fazer isso. O filho, surpreso, perguntou por que ela não conseguia jogar a pedra para fora do carro. A mãe disse:
– A culpa é de quem jogou a pedra, e eu fiquei traumatizada com essa situação. Agora estou imóvel e não consigo jogar a pedra para fora.
O filho não entendeu o motivo de mãe não conseguir jogar a pedra fora, pois bastava se inclinar, pegar a pedra e tira-la do carro. O filho disse que não estava entendendo e pediu para a mãe explicar. A mãe respondeu:
– Isso lhe parece absurdo, mas é exatamente o que você faz. Você joga a culpa no outro de ter jogado a pedra em seu carro. Mas não importa se alguém jogou a pedra, quem mantém a pedra ou qualquer coisa que jogarem dentro do veículo somos nós mesmos. Não podemos agora mesmo retirar a pedra atirada? Da mesma forma, uma pessoa não precisa ficar com o lixo emocional que outra jogou nela, basta retirar o peso desse lixo e seguir em frente. Não podemos evitar que outros taquem pedras em nosso carro ou em nossa vida, mas podemos nos desfazer de todas as pedras que nos jogaram.
O rapaz havia compreendido a fala da mãe. A mãe completou:
– Portanto, nunca esqueça disso: o que o outro faz com você é de responsabilidade dele. Você manter isso dentro de você é responsabilidade sua.
Autor: Hugo Lapa